Prezados Águias,
“É uma Missão. Sou um homem de Operações Especiais: missão dada é missão cumprida”.
Este título foi tirado da entrevista oferecida ao Jornal O Globo de 12 de junho de 2009 pelo atual Comandante Geral da Polícia Militar, Cel Mário Sérgio Duarte.
Queremos trazer alguns pontos de sua fala que acreditamos que tenham relevância na questão de gestão estratégica de segurança pública.
Primeiro ponto: O Senhor disse que vai acabar com os postos de policiamento nas favelas. Por que isso vai acontecer?
Cel: Os PPCs (Postos de Policiamento Comunitário) e DPOs (Destacamento de Policiamento Ostensivo) não servem para a população, para nada. Existe uma negociação com o crime para o policial entrar (na favela). Existe uma fonte de corrupção porque, se o policial não se corromper, ele morre. Vamos acabar com isso. Se não presta um serviço à população, não serve para a polícia. A história não pode engessar.
--A população do Estado do Rio de Janeiro, já aguardava esta decisão há muito tempo. Todos sabemos da inoperância deste tipo de atuação. A coisa chegava às raias do grotesco. Sabemos que o Cel como líder, amenizou sua crítica sobre isto. A coisa é muito horrorosa. Podemos traduzir os PPCs e DPOs, sem generalizarmos, que eram a ponte para uma série de atuações ilícitas. Estas pontes ligavam o praça ao seu comandante, transformando-os em “coadjuvantes”.
Na sequência da entrevista o Cel Mário Sérgio também quer estabelecer uma nova atuação para o GPAE. Quando fala em que a história não pode ser engessada, percebemos a vontade cardíaca, que percebe que a coisa pública não precisa chegar ao cheiro de mofo para sofrer mudança. Não acreditamos na falácia e facilidade com que certos setores que se dizem politicamente corretos, elaboram com grande facilidade outros paradigmas, que na verdade trazem em seu conteúdo, velhas e mofados conceitos de gurus duvidosos. Acreditamos em homens que mudam, porque acreditam que aquele serviço que é proposto não atende mais aos anseios solicitados. Isso chama-se pragmatismo, e não “vamos quebrar este paradigma”! Vamos tomar iniciativas quando a situação que nos é apresentada precisa de uma resposta. E não ficarmos preocupados com o politicamente correto! E não, ficarmos preocupados se estamos ou não quebrando paradigmas!.
Agora, só teremos uma “Nova Polícia” quando tivermos um olhar, que vai além da fala, sobre a situação social dos policiais. Punição aos traidores – traíram a um juramento – e com o mesmo rigor da Lei – praças ou oficiais – e, premiação, consideração, apoio, aos que se destacam nas missões.
Todos os Águias: desejamos sucesso na Missão. “Nós também cremos que Missão dada é Missão cumprida”!
Vamos em frente!
Por: Prof. Marcos Tarcisio – Licenciado em Física e Especialista em Inteligência Empresarial.
